Empresas y finanzas

Informação dos resultados Trimestrais da Caixa Geral de Depositos



    Aspectos Mais Relevantes da Actividade Resultados líquidos consolidados cresceram 1,6%, totalizando 228 milhões de euros, contra 224,3 milhões no ano anterior. Crescimento da margem financeira alargada de 12,9%, alcançando 552 milhões de euros. Produto da actividade bancária e de seguros atingiu 762,9 milhões de euros, reflectindo a variação negativa dos resultados em operações financeiras. Custos operativos aumentaram apenas 2,3%. Rendibilidade bruta dos capitais próprios (ROE) situou-se em 22,5% e, após impostos, em 18,3%. Activo líquido ascendeu a 104,1 mil milhões de euros, um aumento de 9,7% face a Março de 2007.Crédito a clientes (bruto) aumentou 16%, para 69 mil milhões de euros, tendo, em Portugal, o crédito a empresas e institucionais subido 27% e o crédito à habitação aumentado 5,9%.Recursos totais captados pelo Grupo (excluindo o mercado monetário interbancário) somaram 92,6 mil milhões de euros, progredindo 10,5%. Os recursos de retalho de balanço somaram 61,3 mil milhões de euros, com um aumento de 5,4%.Melhoria dos indicadores de qualidade e de cobertura de crédito: o rácio de crédito vencido a mais de 90 dias baixou de 2,03% para 1,96% e o de crédito com incumprimento de 2,41% para 2,29%. O grau de cobertura do crédito vencido a mais de 90 dias situou-se em 131,7%.Os capitais próprios totalizaram 5,1 mil milhões de euros. Resultados 1. Os resultados líquidos consolidados do Grupo Caixa Geral de Depósitos, condicionados pela crise nos mercados financeiros, atingiram, no 1º trimestre de 2008, 228 milhões de euros contra 224,3 milhões no período homólogo do ano anterior, o que representa um crescimento de 1,6%. Para o montante dos resultados líquidos obtido pelo Grupo, a Caixa-Seguros concorreu com 35,5 milhões de euros. O produto da actividade (bancária e seguradora) somou 762,9 milhões de euros, correspondente a uma redução de 3,9% (-31,3 milhões de euros) face ao ano anterior, traduzindo a variação negativa dos resultados em operações financeiras. A margem financeira alargada, principal componente do produto da actividade do Grupo, alcançou 552 milhões de euros (+12,9%), evidenciando a margem de juros estrita uma progressão de 6,5% e os rendimentos de instrumentos de capital uma subida de 31,6 milhões de euros. A margem complementar, por seu turno, totalizou 81,7 milhões de euros, tendo registado uma redução de 81 milhões de euros (-49,8%), face ao período homólogo do ano anterior, variação influenciada pelas comissões líquidas, com ­8,8 milhões, mas sobretudo pelos resultados em operações financeiras, com ­70,4 milhões. Estes valores reflectem o impacto negativo quer sobre o nível de comissões cobradas nas áreas de negócio associadas aos mercados financeiros, quer sobre a valorização das carteiras de títulos. Este último resulta da reavaliação das carteiras a preços de mercado (mark-to-market) numa conjuntura ainda condicionada pela crise nos mercados financeiros que se arrasta desde Julho do ano passado, pese embora se esteja em presença, na maior parte dos casos, de perdas potenciais e não efectivas. Quanto à margem técnica da actividade de seguros, contribuiu com 129,2 milhões de euros para o produto da actividade do Grupo, o que representa uma redução de 13,5 milhões de euros (-9,5%) em relação a Março de 2007. Para esta evolução contribuiu quer a diminuição do negócio Não Vida, quer o facto de, na área Vida, se ter conferido prioridade à comercialização de produtos financeiros, cujo resultado positivo está reflectido na margem financeira, e não na margem técnica de seguros. Os custos operativos ascenderam a 418 milhões de euros, +9,4 milhões (+2,3%) que no período homólogo de 2007, resultante do aumento nos custos com pessoal (+5,7%), parcialmente compensado pela redução nos outros gastos administrativos (-3,1%). O aumento nos custos com pessoal verificou-se em especial nas actividades internacional e seguradora, impulsionado, nesta última, pela área de saúde, designadamente através da abertura de unidades hospitalares. No entanto, a área seguradora registou também um decréscimo nos gastos administrativos, reflectindo a concretização de programas de adequação da estrutura de custos a objectivos de melhoria da produtividade. Tendo em consideração os valores alcançados pelo produto da actividade e custos operativos, o resultado bruto de exploração foi de 345 milhões de euros, valor que corresponde a uma redução de 10,5% face a Março do ano anterior. O montante que foi afecto à imparidade do crédito e de outros activos, líquida de reversões, ascendeu a 54,1 milhões de euros, e a dotação para provisões a 7,9 milhões de euros. Nos impostos sobre lucros, o valor do imposto total elevou-se a 54,7 milhões de euros, correspondente na sua quase totalidade a impostos correntes. 2. O rácio de eficiência do Grupo - cost-to-income - que relaciona os Custos operativos com o Produto Bancário foi de 53,9%. Apenas para a actividade bancária, o rácio passou de 47,5% para 50,3%. Não considerando os resultados em operações financeiras, aqueles rácios teriam evidenciado uma melhoria, reduzindo-se de 53,6% para 51,8% no Grupo e de 50,5% para 48,2% na actividade bancária. A rendibilidade líquida dos capitais próprios (ROE) situou-se em 18,3% (22,5% antes de impostos) e a rendibilidade líquida do activo (ROA) em 0,96% (1,17% antes de impostos). Balanço 1. O activo líquido do Grupo CGD totalizou 104,1 mil milhões de euros no final de Março de 2008, o que corresponde a um aumento de 9,7% face a igual data do ano anterior, assente exclusivamente na evolução do Crédito a Clientes (+9,4 mil milhões de euros ou +16,2%). No Activo do Grupo, o peso do sector segurador ascendeu a 13,5 mil milhões de euros, cerca de 13% do total. 2. O saldo do crédito a clientes (bruto) ascendeu a 69 mil milhões de euros (+16%), do qual 55,6 mil milhões, cerca de 81% do total, respeitam à actividade da CGD em Portugal. No território nacional e por segmentos salienta-se a evolução do crédito às empresas e institucionais, que progrediu 4,9 mil milhões de euros (+27%), bem como aos particulares, quer para aquisição de habitação, com um aumento de 1,7 mil milhões (+5,9%), quer para outras finalidades, com +162 milhões (+15,1%). Ainda no crédito à habitação e, no território nacional, o montante de operações contratadas nos primeiros 3 meses do ano evoluíu favoravelmente, totalizando 931 milhões de euros, ou seja, um crescimento de 3,3% face ao 1º trimestre de 2007. Nas outras unidades do Grupo destacam-se os aumentos verificados no Banco Caixa Geral (Espanha), com mais mil milhões de euros (+30,6%), e na Caixa Leasing e Factoring, com +562,6 milhões (+27,2%). A qualidade dos activos registou uma ligeira melhoria, com o rácio de crédito vencido com mais de 90 dias face ao crédito total a situar-se em 1,96%, valor que compara com os 2,03% registados em Março de 2007. O rácio de crédito vencido total foi de 2,31% e o de crédito com incumprimento, calculado de acordo com as normas do Banco de Portugal, de 2,29%, valores que corresponderam a uma redução de 0,12 p.p. face ao registado em igual data do ano anterior.